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terça-feira, 1 de junho de 2010

Porque nem os músicos se safam da Igreja...

Num tempo em que em tudo, desde o modelo económico até aos modelos de compromisso de amor, se tenta afastar da herança cristã, gosto de me lembrar de como em coisas simples e em que quase nem se repara a Igreja mostra a sua influência! Até nos nomes da notas musicais (no caso de Portugal, veremos até quando, também nos dias da semana - lembro que é algo em que somos caso único na Europa Ocidental e estamos numa de ser modernos não por ter sentido mas para sermos como os outros porque eles já são assim ou assado...)... É só ver o hino a São João Baptista, do Liber Usualis:

Ut queant laxis resonare fibris
Mira gestorum famuli tuorum,
Solve polluti labii reatum,
Sancte Joannes.

Nuntius celso veniens Olympo,
Te patri magnum fore nasciturum,
Nomen, et vitae seriem gerendae
Ordine promit.

Ille promissi dubius superni,
Perdidit promptae modulos loquelae:
Sed reformasti genitus peremptae
Organa vocis.

Ventris obstruso recubans cubili
Senseras Regem thalamo manentem:
Hinc parens nati meritis uterque
Abdita pandit.

Sit decus Patri, genitaeque Proli,
Et tibi compar utriusque virtus,
Spiritus semper, Deus unus, omni
Temporis aevo. Amen.

Aos mais desatentos chamo a atenção: 1. Para a imagem acima; 2. Para o texto, com o que interessa a negrito: Ut queant laxis resonare fibris/ Mira gestorum famuli tuorum,/ Solve polluti labii reatum,/ Sancte Joannes. [o ut foi posteriormente substituído pelo "do" que hoje usamos; o "si" toma as iniciais de São João (lembre-se q o "J" em latim se lê "I")].

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