ainda falta um poema
para falar do que não se sente
os beijos não dados
que nunca se virão a dar
as noites de amor frenético
que foram passadas em solidão
a tarde passada sentado na cadeira do quintal
a olhar uma parede
o silêncio do som dos pássaros na província
que lembra o silêncio da tua voz
na mesa do café
naquele dia fugimos rua acima
com os nossos bolsos vazios
disso já só eu me lembro