blogue de poesia e teologia.

aqui não se escreve segundo o acordo ortográfico de mil novecentos e noventa.

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domingo, 18 de julho de 2010

Desporto em Portugal

Estamos ainda no rescaldo da eliminação da selecção de futebol no Mundial e escrevo este post para dizer que o desporto em Portugal está melhor que nunca. Num país tacanho como o nosso, muitos considerarão mentira esta minha afirmação. Afinal, a selecção ficou-se pelos oitavos-de-final, ainda que contra os vencedores do torneio (o que para os portugueses serve sempre como feliz prémio de consolação...), o Benfica já perdeu e já empatou na pré-época, o Sporting tarda em encontrar um rumo (isto é, das três coisas, a que me deixa realmente mais triste e preocupado...), quase não se fala do que anda a fazer o Porto. Ou seja, que sentido faz dizer que o desporto em Portugal está bem quando o futebol não está assim tão bem?
O facto é que nas duas últimas semanas fomos campeões europeus de rugby sevens e ganhámos a Liga Europeia de voleibol (curiosamente a final foi contra a Espanha...); houve um português que ganhou a prova açoreana do IRC (rallye); temos finalmente um português (Frederico Gil) consolidado entre os 100 melhores tenistas do mundo (embora o ranking ATP seja um tanto ridículo e isto rapidamente possa deixar de ser verdade); Sérgio Paulinho, demasiados anos depois do último português, ganhou uma etapa no Tour de France. Felizmente, poderia dar muitos outros exemplos.
A questão que aqui deixo é bastante simples: para quando, da parte do país como um todo, o realce mediático e a aposta séria nestes desportos em que ganhamos mesmo? E aqui sublinho o papel das televisões (deixem de dar imagens de anos já bem idos quando há estas vitórias, deixem de dar imagens de rugby de 15 quando a vitória é nos sevens, deixem de dar mais destaque às eventuais contratações do Sporting e ao catarro dos jogadores do Benfica quando há portugueses a ganhar estas coisas...), das rádios (sobretudo nos programas desportivos podiam dar mais destaque aos outros desportos) e, sobretudo, dos jornais desportivos (que se deviam, de uma vez por todas, assumir como jornais especificamente especializados em futebol e pronto! É triste que a vitória de Paulinho ocupe meia capa do Público e apenas um cantinho das capas dos desportivos [se é que houve chamada de capa nos três jornais]).
Mas o tempo é de esperança, e se mais ninguém dá o destaque aos outros desportos, dou-o eu! Se mais ninguém se alegra por termos neste momento a trabalhar na selecção de rugby aquele que deve ser o melhor seleccionador português de qualquer modalidade (Tomaz Morais), por termos como seleccionador de voleibol o melhor treinador de sempre da modalidade (Juan Diaz), etc., etc., alegro-me eu!

sábado, 10 de julho de 2010

Actualidade interior

«Dicit ei Pilatus quid est veritas» (Jo 18, 38); «Dicit ei Iesus ego sum via et veritas et vita» (Jo 14, 6).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fim de etapa

Terminou ontem mais uma etapa da minha vida. Como em qualquer Volta, algumas etapas se ganham, outras se perdem... Importante é, ao fim, chegar com a amarela. Durante estes dois anos de etapa, ganhei algumas metas voltantes, disputei ao sprint alguns prémios de montanha, perdi algumas bonificações, ganhei outras... Mas a preparação física que esta etapa me deu ajudar-me-á nas próximas. Deus queira.

«Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação. Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel. A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.» (2 Tm 4, 6-8)

«Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.» (Mt 5, 11)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Porque Portugal já lá não está...

Com a saída de Portugal do Mundial, chegou a hora de comentar a presença da selecção. Sem querer mandá-los mais abaixo, gostaria apenas de destacar um jogador (não, não é Fábio Coentrão. Esse, de facto, jogou bem mas muitos dos elogios, penso, têm mais a ver com o facto de ser o único do Benfica presente na equipa). Trata-se de Eduardo. Era um jogador por quem dava muito pouco, confesso, antes do campeonato, mas que me surpreendeu positivamente. Fez grandes jogos, garantiu solidez defensiva e trouxe para a equipa emoção, coisa que a maioria deles não tem minimamente (temos o Ronaldo que nem canta o hino, o Simão que vai para as conferências de imprensa chorar porque não dizem que ele devia ser titular...). Ver o Eduardo a cantar o hino lembrou-me da presença da selecção de rugby no Mundial de França; ver o Eduardo a chorar no fim do jogo com a Espanha, enquanto outros alegremente abraçavam e trocavam camisolas com os adversários, fez-me perceber que o homem, coitado, se foi meter no filme errado...

Promessas

Será que com a saída de Portugal do Mundial já posso falar de futebol aqui no blog?...