ao redor do mundo
há biliões de tarefas
a acontecer em simultâneo.
algures, num pequeno ponto
perdido entre uma cidade do interior,
uma aldeia e uma vila do litoral
e a cidade capital do país,
um ponto traçado com rigor
a régua e esquadro
e assinalado com um marco geodésico
nos corações dos amantes,
uma mulher e um homem
partilham a tarefa de chorar,
não sabem se choro de tristeza ou de alegria,
vão inventando um choro novo de amor
em caminho e construção,
a esperar o futuro