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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

A primeira vez que entrei
na biblioteca nacional do Rio de Janeiro
ainda se caçavam baleias
na baía de Guanabara.
Na cidade
a fim de resolver problemas de família,
um palacete de herança
no morro do Castelo,
perdi-me ali de espanto
e amor.
Cada molho de silvas
que rebenta as janelas
da casa devoluta
corresponde a um poema meu,
talvez a cada um dos livros
do acervo monumental
da biblioteca do Rio,
junto à qual aluguei este apê.