os anos correm demasiado depressa,
meu amor, ainda não o suficiente
meu amor, ainda não o suficiente
para calar o dizer assim «meu amor»,
mas quanto baste para me achar aqui
a morrer sentado à espera,
a cultivar saudades de ti,
de saber sequer se estás bem
e ainda cheiras a flores,
e a tratar deste mal incurável
de não saber como me fartar de uma canção
que se tornou a nossa
e ainda diz a letras de sangue
que não voltas mais