blogue de poesia e teologia.

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu, aluno da Universidade Católica, me confesso de vestir

Não me podia passar ao lado aquela que se tornou, estupidamente, uma das notícias do dia: o aviso do Conselho Académico da Universidade Católica para que aqueles que frequentam o campus da Palma de Cima o façam vestindo-se de forma o mais decente possível (notícia aqui, ou aqui, conforme o gosto do freguês. Em ambas se podem divertir com os comentários; a do público tem ainda link para uma série de blogs que se referem à notícia).
Sobre este tema tenho apenas a fazer dois comentários. O primeiro tem a ver com o facto, triste, de ser efectivamente necessário fazer este aviso - não, não se trata de uma regra, experimentem a ler mais do que o título das notícias... Como aluno da universidade, sei bem a que se refere o Reitor. É facto que muita gente vai mais despida do que devia (mulheres ou homens), e que essas pessoas têm de ser chamadas à atenção. Acho algo exagerada a redução da Universidade a local de trabalho - pode e deve ser bem mais do que isso - mas de facto já por lá vi gente que confunde a Universidade com a praia, para não dizer que a confundem com as suas próprias casas (se não me choca por aí além que o façam nos bares ou nos corredores da Universidade, mete-me certa impressão que as pessoas se descalcem na biblioteca, estejam por lá a ouvir música e a falar ao telemóvel, a comer lanchinhos e etc., como eu mesmo já vi!). Depois, se a Universidade não é - apenas - um local de trabalho, ela prepara as pessoas para arranjarem um emprego. E bem sei que se fosse dar aulas de chanatas e calções de praia o senhor director me mandava um bilhete de regresso a casa (claro que, numa sociedade como a nossa, as senhoras têm sempre mais desculpa e podem-se destapar mais...).
O segundo comentário que tenho a fazer quanto a esta notícia, tem a ver com o tipo de comentários que surgem em resposta à mesma. Mete-me pena que as pessoas aproveitem qualquer motivo para cair em cima da Igreja Católica. Quando, ainda por cima, neste caso particular, não se quer defender nenhum puritanismo por aí além, antes sublinhar a necessidade de as pessoas perceberem que se devem comportar de forma diferente em diferentes sítios, e que a seriedade que o local em questão exige também se deve manifestar em sinais exteriores (porque o exterior diz do interior).

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Sim, também acho que este não é propriamente o tema que o Conselho Académico da Universidade devia escolher como prioritário, quando há outros mais graves para resolver, como a configuração dos programas de certos cursos ao pensar e sentir da Igreja (Economia, Direito, Comunicação Social), como as cábulas na Faculdade de Teologia, como os preços que se continuam a cobrar de propinas e taxas mesmo com o país na situação em que está, mas este aviso não deixa de ser necessário e relevante.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cultura no Brasil é melhor que em Portugal?

Este post pretende ser um post-fórum, contando com a colaboração de todos os leitores interessados em interagir na caixa de comentários (admitindo, óbvio, que ainda há quem passe por aqui a ler as coisas que escrevo e partilho, e que é gente com um mínimo de interesse em ser interactiva).
Explico-me: hoje deu-me para consultar as estatísticas que o google disponibiliza aos autores de blogues, e dessa consulta tirei algumas constatações que acho dignas de uma discussão.
Por um lado (nada de que não estivesse à espera...) a maioria das pessoas que toma contacto com o blog chega aqui procurando pelos temas menos sérios (as palavras mais procuradas são «artur garcia»). Por outro, e esses não me parece que estejam muito interessados em conhecer mais acerca de Artur Garcia, o motor de busca mais usado para encontrar este blog é o google.com.br, ainda antes do próprio google.pt, e o número de visitas de brasileiros ao blog é, ainda que pouco (38-33, dados da google), superior à de portugueses (surpreendentes são as visitas de gente de países como a França, os Estados Unidos e até o Japão!).
É sobre este último facto que gostaria de conversar convosco. Porque será a maior parte das visitas de brasileiros?
Levanto as minhas hipóteses, a partir das quais poderemos conversar: por uma simples questão de números de gente com acesso à internet; porque falo muitas vezes em autores brasileiros ou em temas da cultura brasileira; porque, como sugere o tema do post, os brasileiros são um povo mais atento à cultura do que os portugueses [isto assumindo este blog como algo eminentemente cultural - considerando a teologia como um ramo importante da cultura -, pesem as incursões por temas mais frugais ou particulares da minha vida].
Gostava que pudéssemos pensar em conjunto. Gracias.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Húmus

Pensava há pouco como a minha terra é húmida. Comecei quase que a meditar nesta frase. Decidi parti-la em partes, sobressaindo aí as palavras «minha terra». É curioso, para um cristão, este sentimento de posse em relação ao sítio que o acolheu. Isto porque, assim sendo, faz em Quarta-feira de Cinzas o mesmo exercício que pratica a avestruz: como ela enfia a cabeça na areia para melhor se alimentar (engole areia e pedras que lhe facilitam a digestão dos alimentos), também o homem é convidado a lembrar-se que é pó e a ele há-de voltar.
Falar na minha terra, quer o faça com mais ou com menos orgulho, é fazer sempre esse exercício: sou da terra, de lá vim e para lá voltarei (além disso, ao reconhecer que é a terra que é minha, tenho a humildade de reconhecer que os Céus [os que aparecem primeiro no Pai nosso, a morada de Deus] não são meus, antes de um Outro).
Não menos curioso é que, no meu fascínio crescente pelo quarto capítulo da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, não posso deixar de ficar estarrecido com a expressão «esterco do mundo», que saindo do punho do Apóstolo podia perfeitamente ser minha, e assumo-a como tal: quero ser também eu, que isto não é coisa fácil de se conseguir, «esterco do mundo». E esta afirmação faz todo o sentido quando penso neste tema da «minha terra». Se o esterco tem normalmente uma conotação de repugnância, de humilhação - é neste sentido que Paulo se afirma «esterco do mundo» (1 Cor 4, 13) -, não deixa de ser verdade que há-de ter sido, como as cinzas, o primeiro fertilizante natural usado pelos agricultores. Aquele que seja «esterco do mundo» cairá à terra com a força que permitirá à sua semente subir até aos Céus. Ser «esterco do mundo» é garantir que a semente cai em boa terra, e assim dará muito fruto (cf. Mc 4, 8)!

«ὡς περικαθάρματα τοῦ κόσμου ἐγενήθημεν», 1 Cor 4, 13

«καὶ ἄλλα ἔπεσεν εἰς τὴν γῆν τὴν καλὴν καὶ ἐδίδου καρπὸν ἀναβαίνοντα καὶ αὐξανόμενα καὶ ἔφερεν ἓν τριάκοντα καὶ ἓν ἑξήκοντα καὶ ἓν ἑκατόν.», Mc 4, 8

terça-feira, 12 de julho de 2011

Canja no verão

E gelados no inverno.

Don't worry, be happy!

Agradeço que alguém se ofereça para me substituir na honrosa missão científica de ser o comprovador oficial da Lei de Murphy.

[aos mais incautos: Lei de Murphy - «tudo o que pode correr mal, corre mal, e da pior forma possível» (ou noutras formulações semelhantes, como de resto acontece com outras leis, como a de La Palice, por exemplo. Lamento ainda que Lagardére não seja possuidor de uma lei)]

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Recomendações bastante egoístas

Recomendo hoje dois artigos do Diário de Notícias que vão de encontro ao que tem sido a minha reflexão por aqui nos últimos tempos.

Este, de Anselmo Borges, pessoa que muitas vezes, naquilo que escreve, vai completamente em desacordo à minha forma de pensar (particularmente, de pensar a Igreja), mas que, neste artigo, segue em sentido inverso e duma forma que muito me agrada.

E este, de João César das Neves, mais um exercício criativo e bem humorado para falar da crise actual, de resto no sentido de outro texto que já partilhei aqui.

Partilho estes textos, como já disse, porque a mim, esterco do mundo, pouco mais resta que citar os outros, que são, todos, incomensuravelmente melhores do que eu.

«ὡς περικαθάρματα τοῦ κόσμου ἐγενήθημεν, πάντων περίψημα ἕως ἄρτι.», 1 Cor 4, 13.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vox populi vox Dei

Um dos meus novos "vícios" (chamemos-lhe assim, vá) são as caixas de comentários de blogues e os programas radiofónicos de vox populi. Sinto-me simplesmente fascinado nesse papel de observador, a ver as pessoas na sua mais pura natureza.
As pessoas que aparecem a participar nesses programas, como as que comentam nos blogues, são, grosso modo, pessoas sozinhas. Isso percebe-se porque 90% tem um tipo de discurso que mostra que estão a falar para elas próprias, que têm poucos hábitos de confronto de opiniões (para mim, só isso explica a falta de lógica e consistência de muitas opiniões...) - é uma cabra, a solidão. Nos programas de rádio, os participantes são pessoas, sobretudo, já idosas que vencem a solidão fazendo do locutor um amigo, aquele amigo que nunca viram, a quem só conhecem a voz, mas que é uma boa companhia, desde que o cônjuge morreu e os filhos os deixaram sozinhos (menos dramático, quando são pessoas que trabalham sozinhas durante a noite e a rádio é a sua única companhia na luta contra o sono e a favor do emprego). Nos comentários dos blogues, os participantes são sobretudo gente jovem [pelo menos nos blogues que visito, algo que é denunciado pelo uso do "x" em vez do "s"], que poderia perfeitamente não viver sozinha mas que o faz porque prefere os computadores às pessoas, e cria um mundo alternativo, "virtual", onde os amigos virtuais são mais importantes, onde a opinião deles conta sempre, ainda que só para ser lida e relida pelo próprio, onde todos são sábios mesmo sendo os maiores ignorantes.
Se entrar no mistério da estupidez humana é coisa que me diverte (é maravilhoso como todos os dias se descobre alguém que vai mais longe e mais fundo nesse mistério!) não deixam de me preocupar este tipo de realidades: primeiro, porque dão a ideia de que todas as opiniões, mais ou menos fundamentadas, têm o mesmo valor, o que é falso. Isso é reduzir o Homem é capacidade de sentir, e o Homem não é só sensação: é razão, é espírito, é emoção. Depois, porque denunciam dois problemas graves da nossa sociedade: um é a quantidade de gente que vive sozinha, o que se detecta pelos problemas que os locutores de programas de vox populi têm em gerir o tempo atribuído a cada participante; outro é a quantidade de jovens que vive num mundo virtual, dos computadores, de onde precisa de ser resgatado (a título de exemplo, ridículo e que vale o que vale, é impressionante a quantidade de jovens, do sexo masculino, entre os 12 e os 28, 30, que se acha especialista em mercado de transferências de futebol por causa do Football Manager! Ainda por cima, detectam-se a léguas... Mais grave é que, como todos os que vivem nesse mundo virtual, não percebem que são eles que têm um problema...).
Concluo este texto sobre vox populi mostrando a beleza desse outro fenómeno que é a contradição entre provérbios populares: se «a voz do povo é a voz de Deus», não deixam de dizer também que «vozes de burro não chegam ao Céu»!

Conjunto de música brasileira

Num comentário de um site sobre futebol, encontrei o nome ideal para um conjunto de música brasileira: "Picanha no rabo". Genial. Isso e pessoas que são como garrafas de água Castello.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Deus transforma as vidas

A minha forma de assinalar aqui a morte de Maria José Nogueira Pinto, pessoa duplamente ligada à minha família (pela partilha da fé e pela proximidade que teve com o meu pai e os meus avós paternos [proximidade física, visto que os meus avós tinham terrenos alugados aos seus pais, e o meu pai, a pedido dos caseiros da quinta deles em A-dos-Negros, chegou a ir passear com a senhora e as irmãs, segurando as rédeas do cavalo]), é sugerir-vos este testemunho de quem a conheceu. Onde as palavras «Deus» e «entrega» não podiam deixar de entrar. Continue o Senhor a suscitar gente capaz de dar um testemunho cristão deste nível!

Post Scriptum (sim, isto é um blogue, mas neste caso faz todo o sentido...): De ir às lágrimas, a última crónica de Maria José Nogueira Pinto no dn! Um testemunho de fé impressionante! Não deixem de ler!

Seguir o Senhor totalmente

Globalmente, gostei desta entrevista do programa Oitavo Dia aos meus amigos que foram ordenados padres no passado sábado, passe o perigo de algumas afirmações, como dizer que seguir totalmente o Senhor e entregar-se totalmente a Ele é coisa exclusiva dos padres... Cuidadinho, amigos, rigor e tento nas palavras!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tetragrama (chamo-lhe eu)

«- Suplico-vos, ó raparigas de Jerusalém,
que se virdes o meu amado
lhe digais que estou doente de amor».

Poema IV do Cântico dos Cânticos
in Herberto HELDER, O Bebedor Nocturno

Aviso à navegação

Na sequência do post anterior, quando eu me auto-nomear como "jovem de espírito" é hora do estimado leitor, quem sabe da honrada leitora, me conduzir à Casa de Saúde do Telhal, a fim de esperar a morte entre semelhantes.

Crónica de um sábado emocionante

Para um indivíduo como eu, aperceber-se de que está a crescer e a entrar na idade adulta é uma coisa um bocadinho dramática... Não deixo de achar estranho sempre que recebo cartas endereçadas ao Exmo. Sr. André, mais estranho acho quando são dirigidas ao Exmo. Sr. Prof. André, faz-me uma certa impressão que me tratem por "senhor", prefiro que me tratem por tu, a menos que se trate de algo mesmo muito oficial (irrita-me que me tratem, ou a qualquer outra pessoa, por "você", forma de tratamento que, de pequenino, aprendi ser pouco respeitosa), ainda tenho muita dificuldade em lidar com as papeladas e burocracias afins inerentes ao "mundo dos adultos". Isto, chamem-lhe crise de Peter Pan ou do que quiserem, é mesmo o que sinto, principalmente porque nunca senti aquele desejo ardente de ser maior de idade ou de ser adulto e responsável.
Esta conversa toda para dizer que o passado sábado foi um daqueles dias que me faz perceber que não vou conseguir fugir muito mais tempo da plenitude da idade adulta. Em dois pontos distintos do mapa de Portugal, deram-se acontecimentos que me mostraram isso mesmo.
Em Lavos, Figueira da Foz, casou-se o meu primeiro grande amigo, daqueles com quem brinquei desde que tenho meses e que continuou a ser meu amigo mesmo quando, por circunstâncias da vida de um e outro, tivemos de nos afastar fisicamente. Este foi o primeiro dos meus amigos a casar, o que já era suficiente para me servir de alerta, mas como não pude deixar de aceitar o convite para estar presente no casamento dele, lá acabei por ouvir o resto... Sempre que lhe diziam «Pedro, estás um homem», sempre que eu era referido como o seu primeiro grande amigo e tínhamos de corrigir que já não somos propriamente rapazes mas «homens», apercebi-me de como fujo da juventude a passos largos, mesmo sem querer.
No Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa, foram ordenados padres cinco ex-colegas de Seminário. Neste grupo estava o primeiro grande amigo que fiz nestas coisas da Pastoral das Vocações (a minha preguiça e a Física, depois a minha descoberta de que há outros caminhos onde poderei servir melhor a Igreja, haviam de nos separar), com outros que não deixam de ser meus amigos, só não os primeiros que fiz... Ao lembrar-me deles nas minhas orações, além de ter pedido força para que desempenhem o seu ministério num tempo em que ele se torna particularmente difícil (pela dificuldade das pessoas de assumirem compromissos, em particular com a Igreja; pelas dificuldades de se assumir uma moral exigente - infelizmente muitas vezes por parte dos próprios clérigos; pela imagem que o povo tem hoje dos padres - por culpa da moral pouco exigente que os primeiros tomam como bitola ou por culpa da moral pouco exigente que os segundos vivem... - , e em particular do celibato), pedi que estes cinco amigos não vivam esta minha dificuldade de querer continuar sempre jovem, de não querer ser adulto. Pedi que Deus os faça homens a sério, a quem não faça impressão ser chamado "senhor" e menos ainda "senhor padre".
Sábado foi, assim, o dia em que percebi que, ao quarto de século, começo a ser homem...

Oh God, make me good but not yet!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Frases com sentido (v)

«Ver só com os olhos
é fácil e vão,
por dentro das coisas
é que as coisas são»

Carlos Queiroz

Frases com sentido (iii)

«Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza», Bento XVI

Frases com sentido (iv)

«Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...», Antoine de Saint-Exupéry

Frases com sentido (ii)

«Happiness only real when shared», Christopher McCandless

[Imagem: fonte oprah.com]

Frases com sentido (i)

«Os que amam são os que mais sabem de Deus; a eles o teólogo deve dar ouvidos», Hans Urs von Balthasar

Uma moral pequenina

Apesar de não estar de acordo com as conclusões de Nietzsche, não deixo de concordar com ele quando afirma que o progresso humano dos últimos séculos não se fez acompanhar de um progresso moral. Aliás, há algum tempo venho pensando nisto (a isso não será alheia a partilha, aqui no blog, deste texto de João César das Neves), embora o expresse noutros termos: se é certo que a moral social evoluiu muito nos últimos tempos (em particular as implicações morais ligadas à saúde pública e ao ambiente), a moral pessoal não tem acompanhado essa evolução.
É hoje normalíssimo mudar de cônjuge quatro ou cinco vezes (mais do que ser normal, a mim chama-me a atenção que seja bem aceite, sempre que a favor do interesse individual) mas muito mal visto mandar lixo para o chão [não quero com isto defender que seja correcto mandar lixo para o chão!]. Apesar dos tempos de crise e, principalmente, de fortes mutações socioeconómicas na nossa sociedade, ainda há muitos que acreditam num emprego para sempre; a quantidade de jovens que decidem viver juntos, em vez de assumir o compromisso do casamento [que deve ser religioso apenas quando há fé, não propriamente pela beleza da festa...], não indiciará que já não se acredita no amor para sempre? Um adúltero é mais bem visto que um fumador, a homossexualidade torna-se, hoje, mais bem aceite que o celibato...
Não me achando dono da verdade absoluta, partilho aqui apenas algumas coisas que me chamam mais a atenção, pois acho difícil a construção de uma sociedade mais justa, digna e fraterna num quadro onde se admite que cada um pode fazer o que lhe apetece, e a satisfação dos apetites de cada um é o primeiro direito. Precisamos de construir uma sociedade alicerçada em valores - que, filosoficamente falando, são perenes - e não em sentimentos que, como sentimos, são efémeros...