blogue de poesia e teologia.

aqui não se escreve segundo o acordo ortográfico de mil novecentos e noventa.

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terça-feira, 5 de abril de 2016

peregrinus

por estradas esquecidas
caminho para o santuário

como se o cansaço
a que o objectivo final
dá sentido
pudesse pagar
o meu direito à cidade

sábado, 2 de abril de 2016

uma pedra a sorrir

na fotografia a cores
o cocuruto de uma cabeça
e uma pedra escura,
deprimem-me pedras escuras,
que estranhamente sorri.
sinto que é para mim que a pedra
se abre em sorrisos,
só pode ser,
porque te sinto
atrás da câmara fotográfica
a nem querer saber de mim.
preferia que me odiasses,
que regularmente disseses
que não queres nada de mim.
o silêncio, este silêncio
que não cabe nem às pedras
é que dá cabo de mim.

o tempo corre

ainda persigo
a grande velocidade
aquela pergunta
que tarda a surgir