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sábado, 5 de junho de 2010

Pedofilia na Igreja - questão rápida

Como se fosse um Rui Santos não desportivo, questiono sobre qual é o problema deste povinho que a propósito de tudo quanto meta Igreja tem de vir falar nos casos de pedofilia... Ou seria por quererem que os casos se julgassem nos tribunais (o que acho menos provável face à segunda hipótese) ou porque querem um julgamento em praça pública, feito pelos media... O que tem, de facto, vários defeitos. Um deles é que a globalidade dos jornalistas (e que me perdoem os bons profissionais do ramo, que os há) nem na sua profissão são bons (basta ver a falta de domínio da língua portuguesa, para nem sequer falar das línguas estrangeiras necessárias aos enviados especiais ou aos entrevistadores de pessoas que não falam a nossa língua, ou o desinteresse total pelo vocabulário específico de cada área (da economia à religião, passando pela aeronáutica ou o desporto)), quanto mais na de investigadores, juízes e advogados. Depois, a sua imparcialidade está quase sempre corrompida (na globalidade dos assuntos, há muito que não há um jornalismo imparcial...)...
Além disso, volto a um dos meus temas favoritos: o que estes cavalheiros, ressabiados porque não gostaram da catequese em pequenos (já o disse, estas pessoas deviam ir a um psicólogo tratar o problema, em vez de andarem aí a comentar em twitters e facebooks!; e nós, no espaço intra-eclesial, devemos trabalhar para não criar mais pessoas destas, repensando as formas de acolhimento e actualizando a linguagem pela qual transmitimos o Evangelho), verdadeiramente querem é fazer uma contra-Inquisição... Hoje ser tolerante já não é respeitar o espaço do outro, é antes transformar o antigo opressor em vítima, é fazer o opressor passar pelo que passou o antes oprimido... A sociedade que se diz moderna contraria dois mil anos de modelo de vida cristão («Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.» (Mt 5, 39)), mesmo que nunca plenamente aplicado - e nós, cristãos, temos muita culpa disso!, a um regresso à Lei de Talião («Mas se houver acidente fatal, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão.» (Ex 21, 23-25))... Quem é retrógrado, quem é?

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