Chega uma altura da vida
em que é essencial ter uma guitarra
porque a poesia é punk rock,
os dedos em sangue e o coração em chamas
a sair em golfadas pela boca,
mesmo quando queremos apresentar
a magnólia no centro do claustro
ou os lírios do campo a crescer livres
e as pessoas se lembram de Bach,
Mozart e Wagner, nunca das guitarras de Morricone
ou da orquestra possível de Messiaen