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sexta-feira, 28 de maio de 2010

D. José e o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Depois de ter expressado aqui a minha opinião sobre a promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo pelo Presidente da República, ao passear pelo site do Diário de Notícias encontrei uma notícia onde o meu Bispo se manifestava no mesmo sentido.
De facto, quando razões de cariz económico se sobrepõem à consciência, algo só pode ir mal... Infelizmente os comentários feitos revelam como as pessoas não percebem o fundamental da notícia e assumem uma atitude típica dos tempos contemporâneos que é a de se refugiar nos pecados dos outros como se a sua existência apagasse os pecados e falhas dos próprios... Como se o facto de haver pecadores na Igreja (desde as Cruzadas (ou "crusadas", como escrevia um cavalheiro) aos abusos da Inquisição, passando pelos (mais ou menos) recentes casos de pedofilia; por muito que a Igreja, ao contrário de muitos outros, peça perdão por tudo isso) apagasse o facto de o Presidente da República ter ignorado a sua consciência, ou de andarmos a tomar decisões que não respeitam a profunda dignidade e desenvolvimento da humanidade...

Para perceberem a minha última frase sugiro a leitura dos números 2357-2359 do Catecismo da Igreja Católica:

2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.

2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.

2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

(podem ou não concordar com isto; o que queria dizer é que não digo nada de original mas me fundo na doutrina da Igreja)

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