blogue de poesia e teologia.

aqui não se escreve segundo o acordo ortográfico de mil novecentos e noventa.

Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Arte contemporânea - Hegel

«Nos seus inícios, a arte ainda retém algo de misterioso, um pressentir misterioso e uma nostalgia, porque as suas configurações ainda não deram inteiramente relevo, para a intuição imagética, ao seu Conteúdo [Gehalt] pleno. Mas se o conteúdo [Inhalt] completo se apresentou em configurações artísticas, o espírito que continua a olhar para frente volta-se desta objectividade para o seu interior e afasta-a de si. Tal época é a nossa. Podemos bem ter a esperança de que a arte vá sempre progredir mais e consumar-se, mas sua Forma deixou de ser a mais alta necessidade do espírito. Por mais que queiramos achar excelentes as imagens gregas de deuses e ver Deus Pai, Cristo e Maria expostos digna e perfeitamente — isso de nada adianta, pois certamente não iremos mais inclinar os nossos joelhos?»

HEGEL, Georg W. Friedrich, Estética I - A Ideia e o Ideal; Estética II - O belo Artístico ou o Ideal; Estética III - A arte simbólica; Estética IV - A Arte Clássica e a Arte Romântica; Estética V - Arquitectura e Escultura; Estética VI - Pintura e Música; Estética VII - Poesia, Lisboa, Guimarães editores 1972.

Sem comentários:

Enviar um comentário