«Certa vez, houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O director mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquilhado a preceito, para a vila mais próxima, à procura de ajuda, advertindo-o de que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, com risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até à vila e pediu aos moradores que viessem ajudar a apagar o incêndio que estava a destruir o circo. Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visava levá-los a acorrer em grande número às sessões do circo; aplaudiam e desatavam a rir. Diante dessa reacção, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava a representar, de que não se tratava de um truque e sim de um apelo da maior seriedade: estava realmente em causa um incêndio. Mas a sua insistência só fazia aumentar os risos; eles achavam que a performance estava excelente - até que o fogo alcançou de facto aquela vila. Aí já foi tarde, e o fogo acabou por não destruir só o circo, mas também a povoação.
Cox conta esta história para estabelecer um paralelismo com a situação do teólogo dos nossos dias: o palhaço que nem consegue fazer as pessoas ouvirem a sua mensagem é, para ele, a imagem do teólogo».
RATZINGER, Joseph, Introdução ao Cristianismo, São João do Estoril, Princípia 2005, 272 p.
Cox conta esta história para estabelecer um paralelismo com a situação do teólogo dos nossos dias: o palhaço que nem consegue fazer as pessoas ouvirem a sua mensagem é, para ele, a imagem do teólogo».
RATZINGER, Joseph, Introdução ao Cristianismo, São João do Estoril, Princípia 2005, 272 p.
É necessário mais convicção, maior ardor..mais testemunho que palavras. A Igreja não se pode desligar da vida ou ficar fechada na sacristia..são precisos mártires!
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