percorro solitário o carreiro
aberto por entre árvores altas
à procura de vestígios da presença humana
frases gravadas à faca em cascas de eucalipto
lenços de papel e pacotes de bolachas
que acabo sempre por não encontrar
olho para o relógio
para ver que já passaram duas horas
e não encontrei nada
nem a voz dos corvos ao longe
decido parar sentado à sombra de uma árvore
para te dizer outra vez
que se estivesses aqui
te entregava o coração
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