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sexta-feira, 5 de março de 2010

Córdula

Ainda só vou no princípio da minha leitura de Córdula, desse monumento teológico que é Hans Urs von Balthasar (VON BALTHASAR, Hans Urs, Córdula ou o momento decisivo, Lisboa, Assírio & Alvim 2009, 126 p.), e o autor já foi, para mim e para todos os que se aproximarem desta obra, bastante clarinho: «Quem opta pelo seguimento escolhe Jesus (que vale mais do que «pai, mãe, filho e filha»); mas quem prefere Jesus escolhe a cruz como o lugar onde o morrer não é uma eventualidade, antes uma certeza plena» (p. 13-14). Sem medo, Balthasar socorre-se das palavras de Josef Schmid, indo (se é que é, de facto, possível) mais longe... «O pensamento principal e dominante é que o sofrimento nas suas várias formas, a separação das pessoas mais queridas, a perseguição e, por fim, o martírio fazem parte do destino do discípulo. Isto tem a sua razão na pessoa de Jesus, que obriga os homens a tomar decisão pró ou contra» (p. 15).
De facto, perante Jesus ou se é sim ou se é não (Cf. 2 Cor 1, 19), e sempre que diante d'Ele se for sim o nosso fim é a morte, o testemunho, o martyrion. E não pode ser doutra maneira.
Será de certeza interessante ler este Córdula. É dos poucos livros que, sem ter lido na íntegra, já recomendo a quem o queira e possa ler que o faça.

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