José Tolentino Mendonça, no seu poema Dos olhos de Rubliev, pergunta-nos se «ver não é habitar/ o espanto de as coisas serem?». De facto, o acto de ver é uma coisa fascinante, tanto no que mostra como no que não mostra, tanto no que os olhos vêem como naquilo que se vê e está para além deles. Tudo isto para deixar aqui um link para esta crónica, a meu ver, fantástica, de Rubem Alves, na Folha de São Paulo. É um texto já antigo mas que apenas descobri agora. Vale a pena lê-lo. Vale a pena vê-lo. Num tempo que é ocupado quase todo com preocupações de economia e finanças, vale a pena pensar nestas coisas: há sempre lugar para o encanto, para a epifania da Beleza, e isso não haverá nunca dinheiro que compre.
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