No meio de todo um conjunto interminável de reuniões que me recordam que não sou o Santo António, há sempre espaço para ouvir (e ouvir outra vez, e outra vez, e outra vez) esta música, que me traz múltiplas recordações, daquelas que mexem com o meu coração. Fazem-me lembrar os tempos em que a liturgia era, para mim, uma coisa bonita, a beleza do tempo do Advento e de tudo o que ele comporta de tempo de espera e de certeza (nunca hei-de deixar de me emocionar com o capítulo 5 do Cântico dos Cânticos), o dom do bom gosto cultural que Deus distribui pelos meus amigos e que me faz ser um privilegiado, ainda que sem mérito para isso. Ouvir esta versão do Rorate quase me faz esquecer que ainda tenho mais uma série de reuniões e de coisas para fazer. Mais importante, faz-me lembrar que toda a experiência de oração nos transporta para fora do tempo, porque para o lugar de Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário