blogue de poesia e teologia.

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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

empalavrar as moradas

o cão tranquilo roía um osso
aos pés do seu dono
enquanto esteve mastigava um livro,
o homem alimentava-se de palavras
porque nelas tantas vezes
o que a vida teima em não dar:
o amor verdadeiro,
o conforto do aconchego,
o abraço que acalma o medo,
a luz que guia e ilumina os caminhos,
as estradas que se abrem com destino,
a presença que serena a dor de estar só,
uma salvação possível que se pode construir
com as próprias mãos,
a fé de que ainda daremos as mãos
ao pôr do sol de um dia bom

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