num banco de jardim a ver passar os dias,
olho a mulher do fundo da solidão
que tantas vezes deixo que me abrace,
e no rosto há tantas rugas como nas árvores
de que queria saber ao menos o nome,
nunca tive tempo para estudar a flora
que irrompe livre dos passeios da cidade.
da mulher também não sei o nome
nem a vida que lhe fez as rugas,
ainda não é hoje que vou saber
porque o relógio não se cansa de dar as meias horas
e sou chamado, novamente, pela rotina dos dias
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