talvez, ao longe, ainda gostes de mim. ao longe continuo a não conseguir gostar de ti, não dessa forma, mesmo nos dias em que me esforço por isso. deve ser falta de química, física, fisico-química, coisas que exigem batas e presenças prolongadas frente a bancadas forradas de azulejo branco e cuidados laboratoriais. sinto falta daquela sensação esquisita na barriga que dá quando o sol se põe ou quando nasce ou, apenas, quando se esconde e ao mesmo tempo se mostra por trás das nuvens junto à praia. acredito que saibas isso tanto quanto que não sei ler os teus sinais, nunca soube, por muito que faças por deixá-los bem visíveis pelas ruas. o amor, ou isso a que chamam amor, não se escolhe, por muito que o queiramos. há nisto tanto de cliché como de verdade. entretanto liga-nos uma certa compaixão que vai criando laços entre as pessoas sós.
Sem comentários:
Enviar um comentário