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quarta-feira, 17 de junho de 2015

tango y libertad

ao meio-dia as ruas de san telmo
estavam sempre demasiado vazias,
muito sujas, também, muito sós.
ali, desconfiava juan, a vida far-se-ia
nas horas em que o azul celeste
misteriosamente se esconde
e os homens de buenos aires,
demasiado puros para levar
uma prostituta pela mão,
podiam dançar com outros homens.
juan, sentindo-se sozinho,
entrou num bar e pediu
uma fernet branca.
sob uma melodia de piazzola
a bebida talvez fizesse esquecer
o nojo que juan sentia daqueles
que consentiam na cama
quem nunca chamariam para dançar.

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