blogue de poesia e teologia.

aqui não se escreve segundo o acordo ortográfico de mil novecentos e noventa.

Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 29 de junho de 2015

betadine

o ruído do vidro no balcão de pedra
confundia-se com o fumo abundante
e com as poucas conversas
que ainda havia por ali:
o ritmo das sementeiras e das colheitas,
a vida dos presentes e a morte
tão constante por ali,
assinalada pelos sinos,
identificando crianças, mulheres e homens.
o sol entrava pela janela,
cortando uma estranha escuridão,
e iluminava copos, um alguidar,
dois barris e um jarro de vinho.
no páteo três pessoas, desinteressadas,
jogavam chinquilho
e confiavam no amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário