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quarta-feira, 17 de junho de 2015

down jones

Para baixo é que vamos,
pensava Jones para si,
enquanto a guitarra
soava baixinho algo
parecido com blues
e tudo era, no bar,
a luz dos isqueiros
e o fumo de cigarros
enrolados à mão
e os dedos amarelados
de velhos a fumar
desde que se acabou
o tabaco de mascar.
Em Chattanooga, Tennessee,
já não valia a pena
esperar o futuro,
só por mais um bourbon
e o calor de amanhã.
A cidade era toda areia
e o pigarrear dos velhos.
Jones pagava dois whiskys
e subia a rua em pranto.

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