sai sempre de casa de mochila às costas
e com incerteza no coração
leva calçado confortável
deixa as chaves de casa à tua mãe
e sobe silencioso o caminho
que se faz entre as árvores até ao cimo
quando te faltarem as forças
olha para o que está feito
não para o que falta fazer
o futuro não existe
quando encontrares bifucarções
escolhe o que não queres
ou te parece mais difícil
são as dores que nos constroem
mesmo as que não escolhemos
mata a sede nas nascentes
e guarda água num cantil
para te servires à noite
quando te abrigares nas antigas grutas dos pastores
chega ao cume e contempla a terra toda
o caminho que deixaste para trás
depois descalça-te e continua a subir
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