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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Portugal dois mil e catorze

fogem quando ainda estão em idade fértil
para um lugar onde ainda haja caminhos
aqui já não dá para os descobrir
(foram apagados por máquinas enormes
que os destruíram numa noite longa)

os que ficam são árvores sem raízes
se o vento vem leva-os também
para lugares distantes
que talvez não tenham trilhos

a esperança que resta
um salvador no espelho
uma luz num túnel fundo
de novo abril um novo abril
agora feito por gente a sério

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