blogue de poesia e teologia.

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

armazém um

na sala escura papéis de facturas
espalhados pelo chão
a secretária do director
coberta de calendários
de anos anteriores
nas gavetas envelopes
com dinheiro que já não se usa
nas máquinas antigas
pó e serradura
de um tecto em ruína
a sirene ainda toca
de manhã à tarde à noite
restos de uma vida
que já não faz sentido

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