e sentas-te no chão que agarras com todas as forças
como se encher uns punhados de terra
fizesse de ti o dono do mundo
levas areia à boca e comes
porque comer areia nos faz mais rijos
e imunes às doenças
e tu queres crescer e ser um homem
pensas: um dia vou ser grande e experimentar
a solidão
a angústia
a dor
mas sobretudo
a amizade
a festa
e o brilho nos olhos de uma mulher
[este texto foi pensado em dois autocarros e durante um almoço com uma mulher de olhos que brilham e escrito ao som de Menina, de Márcia com Samuel Úria]
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