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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ao teu filho inexistente

«Ouvem-se, em Ramá, lamentações
e amargos gemidos. 
É Raquel que chora, inconsolável,
os seus filhos que já não existem.»
(Jr 31, 15)

às vezes apetece-me dar-te a mão e dizer-te ao ouvido que quero ser o pai do filho que ainda queres ter às vezes queria ser só o pai espiritual do teu filho para ele me escrever um tratado sobre a oração incessante do coração outras vezes não quero dizer-te nada só olhar para ti porque és tão bonita muitas vezes quero só estar sozinho porque não me apetece fazer nada apetece-me ser nada não fosse haver um Deus que dança e na verdade não era mesmo nada

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