
Ao ler hoje a notícia de que
o nosso primeiro-ministro-diplomado-ao-domingo decidiu aumentar novamente os impostos, lembrei-me logo da manifestação por que passei à tarde e que ilustra este
post (coitados dos sindicalistas, mal sabiam que logo na mesma noite lhes iam mexer ainda mais nos bolsos...). Lembrei-me dela porque de facto o momento actual precisa de pessoas na rua, de uma revolta popular, pacífica e sem violência, mas em que mostremos, de facto, o nosso descontentamento com o estado actual das coisas. É precisamente porque o "povo" [seja lá o que isso, em abstracto, for... Chame-se-lhe, como o meu vizinho
Rafael Bordalo Pinheiro,
Zé Povinho] se demite da sua presença activa na
polis, nas mais diversas dimensões, desde a política em si como à religião, ao voluntariado, que estes senhores têm legitimidade para fazer o que bem entendem, continuando a andar de
chauffeur e de carro topo de gama enquanto sobem o IVA em mais 2%, cortam nas pensões, cortam nos salários da função pública e o diabo a sete! Pior do que isso é que o "povo", o mesmo que se devia revoltar e ir para a rua em busca de tornar a Cidade dos Homens na
Cidade de Deus, enquanto tiver fundos de desemprego e RSI's vai continuar a votar nos mesmos...
Acerca do tema sugiro este artigo de Paulo Tulhas no i.
Ho caro amigo, estou perfeitamente de acordo com todo o teu post...sabes que enquanto não tivermos um ministro que ponha muita bela gente a limpar mato em vez de tar em casa a receber RSI, nada vai mudar.
ResponderEliminarPara mim o mais grave disto é que os RSI's e os fundos de desemprego, que à partida seriam boas medidas de protecção social, até à luz da Doutrina Social da Igreja, são formas encapotadas de comprar votos, porque são dados ao desbarato a quem não devia usufruir deles. Porque assim o senhor Sócrates é que é bom, e apesar de isto estar a caminhar para o abismo continua-se a votar nele...
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