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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nova tese

A grande vantagem de se ter professores geniais e preocupados com a carreira académica dos seus alunos, é que de propostas individuais vagas se chega a propostas concretas válidas e desafiantes. Do meu interesse pessoal em trabalhar a dimensão ética das Bem-Aventuranças passei para o interesse, não menos pessoal, em trabalhar a dimensão da auto-consciência paulina, em conjunto com os outros colegas de acompanhamento de dissertação, trabalhando depois, em concreto, a teologia da fraqueza. De facto, o Apóstolo diz aquilo que deveria ser a experiência de todo o cristão (notável é que aquilo que ele diz seja, de facto, a sua própria experiência de fé):

Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma só vez, a maior parte dos quais ainda vive, enquanto alguns já morreram. Depois apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um aborto. (1 Cor 15, 3-8)

Ninguém se engane a si mesmo: se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. (1 Cor 3, 18-19)

Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte. (2 Cor 12, 10)

Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez da minha parte! Mas, de certo, ma suportareis. (2 Cor 11, 1)

O que vou dizer, não o digo segundo o Senhor, mas como num assomo de insensatez, certo de que tenho motivos para me gloriar. (2 Cor 11, 17)

Fiz-me fraco com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. (1 Cor 9, 22)

1 comentário:

  1. E Romanos 7:15:
    «Assim, o que realizo, não o entendo; pois não é o que quero que pratico, mas o que eu odeio é que faço. »
    e 7:25:
    «Que homem miserável sou eu! Quem me há-de libertar deste corpo que pertence à morte?»

    Força e bom estudo!

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