blogue de poesia e teologia.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

sou um ladrão

acordo a meio da noite,
talvez mais um sonho mau,
e abandono a casa
sob o latido dos cães dos vizinhos,
vou à procura de uma bomba de gasolina
ainda aberta para comprar tabaco,
estou disposto a matar de amor,
isso de morrer demasiado gasto,
vamos morrendo aos poucos às vezes,
gritar contra o mundo, chorar nem sei bem porquê,
mas não.
a bomba está aberta, peço um camel soft e um café,
fumo ainda na área de serviço a ver o nascer do sol,
regresso a casa e deito-me.
a canção não terminou,
mesmo quando a vida é depressa demais.

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