certos dias espero o dia em que, engravatado, estarei à espera que entres com o teu vestido branco igreja acima ao som de um órgão de tubos. certos dias espero o dia em que passeamos pela praia de mão dada enquanto falamos do brilho especial dos teus olhos cor de avelã quando te ris. certos dias espero o dia de ir ao hospital buscar-te a ti e ao nosso filho. certos dias espero o dia em que existas, acho que podes não existir, acho que o amor, essa forma de amor, me pode ter medo. a maior parte dos dias não espero nada. a solidão é uma filha de chronos que também vai devorando os seus filhos.
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