blogue de poesia e teologia.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

caminhos-de-ferro

se o pão e o queijo
que se comem em bancos de jardim
falassem
talvez dissessem do belo que é
ver passar comboios

hoje encontra-se mais romantismo
na observação de máquinas voadoras

ninguém quer saber dos velhos
que ainda esperam uma automotora
na estação em ruínas
para os lembrar do dia
em que ele se encantou
pela boneca de porcelana de olhos que brilham
que voltava carregada da feira
e ele não podia deixar partir

haverá sempre um amor que se prende ao chão
como ao chão estão presos os carris

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