De facto, percebi como isto é verdade. A vida de qualquer cristão é sempre tensão entre a fé e aquilo que ele é no mundo, entre o cristão e "o outro". Todos os católicos têm interesses que aos não cristãos parecem pouco consêntaneos com a sua fé - as tais coisas a que Nuno Artur Silva, na entrevista, chamava "os prazeres". Como é possível um padre fazer poemas sobre John Coltrane e os Tindesticks e o amor? Como é possível um cristão falar de bola como os outros, falar de carros e de mulheres e dessas coisas do homem comum e da arte e da pintura e da poesia e ser artista e músico e o que lhe apetecer?
Julgo que o desafio está no tipo de testemunho que dá da sua fé. O cristão é um Homem, logo os seus interesses são os mesmos dos outros homens - e as privações a que se sujeita, como bem dizia o padre Tolentino, na referida entrevista, são para o ensinar a valorizar mais os momentos em que deve afirmar(-se). Mas é na forma como fala dos seus "prazeres" que o cristão se distingue. Ele sabe o momento de parar, o momento de calar, o momento de guardar algumas coisas na sua intimidade. Porque a relação humana mais importante que tem é com Deus, e essa faz-se no silêncio da oração, esse silêncio que é pedido nos grandes momentos de solidão que são as grandes decisões da vida.
Vamos rezar!
Julgo que o desafio está no tipo de testemunho que dá da sua fé. O cristão é um Homem, logo os seus interesses são os mesmos dos outros homens - e as privações a que se sujeita, como bem dizia o padre Tolentino, na referida entrevista, são para o ensinar a valorizar mais os momentos em que deve afirmar(-se). Mas é na forma como fala dos seus "prazeres" que o cristão se distingue. Ele sabe o momento de parar, o momento de calar, o momento de guardar algumas coisas na sua intimidade. Porque a relação humana mais importante que tem é com Deus, e essa faz-se no silêncio da oração, esse silêncio que é pedido nos grandes momentos de solidão que são as grandes decisões da vida.
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