da palavra amor
e atribuímos-lhe sentidos pervertidos,
os gregos não, os gregos diziam
eros, filia e agapé,
porque o amor dói
como a solidão dos vencidos
e rejeitamos as dores do mundo,
vivemos de risos fingidos
como de comprimidos de iboprufeno
guardados no bolso esquerdo para um sos,
e os sorrisos ainda assim tão lindos,
essa ficção ainda assim tão bela,
ainda assim uma coragem inevitável
de não morrer, mas viver de amor,
a filia que é mais fácil e aconchega como abraços muitos,
o agapé de que somos tantas vezes incapazes,
e o eros de que andamos a fugir, mas nos prende,
como a rosa do pequeno príncipe
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