olhava as minhas mãos
e nelas a demora dos dias
nos calos do trabalho desejava
as mãos de um mártir
umas mãos mais pequenas
capazes do carinho e das festas
mas eram grandes as mãos
prontas para o trabalho do campo
e o ofício de destruir coisas
carregavam a história de uma família
as minhas pobres e inúteis mãos
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