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terça-feira, 27 de agosto de 2013

inútil

sentados os dois a uma mesa de café naquelas nossas conversas intermináveis em que ambos devíamos e ambos não queríamos ir embora aquele dia em que começaste a chorar porque não sabias o que ia ser da tua vida e eu percebi que sou inútil e não podia fazer nada para te consolar. não sei fazer nada para consolar ninguém. dar uma mão, fazer uma festa na cara, limpar lágrimas, ter um lenço de papel para oferecer. nada. agora sou eu que não sei o que vai ser da minha vida, no mês em que perdi um amigo aos vinte e sete anos de idade, e nem sequer consigo chorar. a provar que sou mesmo inútil.

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