blogue de poesia e teologia.

aqui não se escreve segundo o acordo ortográfico de mil novecentos e noventa.

Pesquisar neste blogue

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Informações úteis sobre o neo-arianismo

Em associação com o meu perfil de facebook, este blogue não pode deixar de ter uma entrada que remeta para alguns dados relativos à última obra "literária" de José Rodrigues dos Santos. Em primeiro, esta resposta da equipa do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. Depois, a recordação de que a resposta da Igreja à obra já foi dada nos Concílios de Éfeso e Niceia (tendo ficado devidamente resolvida no segundo destes). Questionar a divindade de Jesus não é coisa nova - se fosse questionada a humanidade de Jesus, como com Bultmann, também não era nada de novo -, nem sequer é novo fazê-lo com intuitos comerciais. Tratar os teólogos como parolos, decidindo por sua cabeça o que será isso (e distinguindo os teólogos dos "historiadores", estes sendo os que analisam a Escritura apenas com o método histórico-crítico [sobre os métodos de análise bíblica aconselho a Introdução de Jesus de Nazaré de Ratzinger/Bento XVI ou o documento da Santa Sé sobre a interpretação da Bíblia na Igreja]. Note-se que os historiadores seriam os bonzinhos e os teólogos os malandros, que não trabalham com base científica e escondem partes de informação), também não é nada de novo - afinal, a teologia precisa hoje mais do que nunca de sair para a rua a reclamar o seu lugar na casa da ciência.
Tratar os teólogos como parolos e depois usar apenas uma tradução da Bíblia, como se de Deus Nosso Senhor se tratasse, isso sim é verdadeiramente estúpido. Isto digo eu, que tive de aprender grego, latim e ainda uns rudimentos de hebraico. Que tenho de ler edições críticas da Bíblia na língua original e, quando em estudo, confronto com essa edição pelo menos quatro traduções para português. Mas eu é que sou parolo, porque teólogo, e o senhor jornalista é um iluminado, mesmo que se farte de dar erros ortográficos e sejam os revisores da Gradiva a escrever-lhe os livros...

Sem comentários:

Enviar um comentário