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sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Idiota (de novo e cada vez mais)

Ao trabalhar sobre um tema como o do Idiota em São Paulo, vou descobrindo cada vez mais coisas novas. Que este tema influenciou muito mais a cultura da Europa Oriental que a da Ocidental (basta olhar para O Idiota, de Dostoiévski, para o filme Andrei Rubliov, de Tarkovsky, para a Sagrada Liturgia Ortodoxa), que ainda há muito caminho a fazer para sermos idiotas como o Senhor quer - porque outra descoberta é a de que Jesus nos quer idiotas!
É o tempo de voltarmos a ser como os idiotas do teatro grego. Na sua aparente fragilidade, na sua comicidade, eram capazes de surpreender e ir ao mais fundo que é possível (aquele que Santo Agostinho chamaria interior intimo meum). Na sua aparente loucura, iam onde os outros perderam a coragem de ir. Os idiotas andavam em busca da verdade e não em busca da razão, da lógica por si mesma e como fim.
Se não formos idiotas não combateremos o bom combate da fé.

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