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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Marco Chagas

Agosto é, para mim, desde sempre (vamos ver até quando...), mês de férias, de praia (nem sempre...) e de Volta a Portugal em bicicleta. Sou do tempo em que a Nacional 114 tinha outra importância, e ia de mão dada com o meu pai ao largo do coreto ver passar os ciclistas. De facto, o ciclismo foi um desporto de que sempre gostei, mesmo que o meu clube não tenha equipa de ciclismo (apesar de o melhor ciclista português de todos os tempos ter corrido no meu clube).
Vejo ciclismo pelo interesse que tenho no desporto em si (na parte técnica e táctica) e não apenas para ver as paisagens mostradas pelos helicópteros... E ver ciclismo na televisão portuguesa tem um grande ponto de interesse: está lá o melhor comentador desportivo português (sim, desisti do tal post de crítica gratuita ao idolatrado Freitas Lobo, substituindo-o por este...)!
Marco Chagas junta tudo aquilo que o apreciador do desporto em questão quer ouvir:
1. Foi praticante da modalidade, por isso sabe o que custa andar em cima da bicicleta, sabe o que pensam os ciclistas e não inventa estados de alma que eles possam ter. Ademais, ele não foi um ciclista qualquer (o seu recorde de quatro vitórias na Volta só agora foi igualado pelo galego David Blanco), por isso sabe o que é atacar na hora da vitória, perceber quando já se ganhou ou ainda se pode perder.
2. Domina bastante bem a parte táctica e técnica do desporto e sabe expô-la aos telespectadores numa linguagem que estes entendem, sem pretensiosismos e até pondo a dose certa de humor à mistura (gosto sempre de ouvir os termos coloquiais com que os ciclistas exprimem certas realidades da técnica ou da táctica do desporto).
3. É um verdadeiro profundo conhecedor da modalidade. Conhece os resultados da maioria das corridas velocipédicas mundiais, nota-se que é um estudioso do ciclismo, aparece sempre com o trabalho de casa feito (ciclistas e equipas sem ligação a Portugal [sobretudo quando comenta o Tour] são rapidamente identificados e são-nos dadas informações que não são de um leigo ou de quem está a inventar). Muito importante: engana-se tantas vezes no nome do ciclista que está a ser filmado num programa de várias horas como um relatador ou comentador de futebol se enganam no nome de quem tem a bola em cinco minutos (o que, tendo em conta que não se joga futebol de capacete, óculos e luvas, é obra!).
4. Correu na equipa do Sporting e ganhou muitos títulos com a camisola verde e branca vestida (eheheh)!

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