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domingo, 13 de agosto de 2017

lágrimas ao piano

não estávamos bêbados,
naquele dia não,
e a conversa levou um outro sentido,
perguntavas-me a partir de onde
começamos a viver,
e eu não sabia,
a partir de quando talvez soubesse,
de onde não era capaz de saber.
e apontavas-me o dedo
e gritavas «cobarde!»,
«tu sabes».
«é a partir da dúvida,
de quando começas a duvidar».
enquanto não abandonares a torre
nem abraçares a dúvida
nenhuma vida corre rumo à fonte.

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