quando tiver tempo
e puder instalar um colchão
num abrigo para alfaias agrícolas
perdido numa daquelas fazendas
em que não se ouvem carros nem tractores,
só o som dos corvos em voo circular
e de javalis em corrida,
hei-de dedicar um livro
ao reino que vamos escondendo
sob toneladas de betão e tecnologia:
o reino rural, o meu reino,
aquele em que fui dado à luz
e que será sempre o meu.
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