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terça-feira, 26 de março de 2013

tempus fugit

Hoje, aproveitando os dias em que o estado português ainda me deixa ficar em casa para celebrar a Páscoa, fui almoçar com os meus maiores amigos. Como é habitual, juntámo-nos para contar as histórias do costume (lembrar o passado, informar como vai o presente e inventar um futuro digno para maluquinhos como nós) e para rir. Sobretudo para isto, rir. Para nos sentirmos como putos outra vez apesar de já sermos todos homens de trabalho e responsabilidades. 
Depois, por estarmos perto, acabámos por ir visitar a escola onde nos conhecemos todos e onde todos nos começámos a formar como homens a sério. É um espaço onde, por todas as razões, os quatro gostamos de voltar. Mas foi um sítio onde, hoje, me fez especial impressão voltar. A razão é simples: hoje caiu-me a ficha. Já passaram oito anos desde que saí dali. Se é verdade que, sobretudo quando estou com os meus amigos - particularmente com estes meus amigos de hoje -, me continuo a sentir o puto que percorria aquela escola sempre a rir e que tinha alegria e desejo de ir às aulas e de estar com os colegas a verdade é que já sou oito anos mais velho. A verdade é que hoje estou muito diferente - não necessariamente para melhor - e já passei por muitas coisas (muitas delas pelas quais não fazia questão de ter passado). E esse é que é o problema: o tempo passa e exige-me ainda que corrija tanta coisa. Oito anos passaram e mudei tão pouca coisa, melhorei em tão pouca coisa.
Vem lá a Páscoa e com ela a celebração da Ressurreição e da vida nova em Jesus Cristo. Que eu saiba ser digno dessa conversão (e, já agora, os meus amigos também).

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