escolhia criteriosamente a sombra
de uma árvore milenar,
para lá dos pomares que cercavam
a pequena aldeia
e sentava-me sobre uma pedra
a escrever versos de amor que,
nunca saberias, eram sempre para ti.
ao final da tarde abria uma cova com as mãos
e enterrava todos os poemas,
para que não os pudesses ler
e para que deles brotassem flores