blogue de poesia e teologia.

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quinta-feira, 4 de julho de 2024

desemparado

há poemas que começam
com erros bonitos:
o sentido de desespero,
de continuar parado aqui, 
a ver a vida passar,
o medo do desemprego,
das contas que caem
e do preço de sair à rua bem vestido
e de ter o que pôr na mesa,
pão e vinho e sopa e outras coisas
de que convém ler os rótulos
para ver se faz mal,
o desamparo de não ter quem
me chame pelo nome e me leve
pela mão